Quais são os critérios que os produtos não-lácteos, as carnes vegetarianas e carne de cultura têm de satisfazer antes de serem aceites pelos consumidores? Que vantagens terão de oferecer para serem bem-sucedidos no mercado?
PALADAR
Objetivo: Future Food (Comida do Futuro) – terá de ter igual ou melhor paladar do que a carne, produtos lácteos e ovos de origem animal.
Resumindo: Aquilo que qualquer forma de carne vegetariana, carne de cultura, produtos substitutos de ovos ou produtos não lácteos tem de fazer é satisfazer totalmente o paladar da maioria da população. É muito provável que o paladar seja o argumento-chave. E, ao mesmo tempo, um dos maiores desafios.
Nota: Convém denotar que quando se fala acerca do “paladar”, também estamos a falar da textura do produto, além da satisfação de o comer.
PREÇO
Objetivo: Future Food (Comida do Futuro) – deverá ser mais barata do que a carne, leite ou ovos de origem animal.
O desperdício de recursos inerente à produção de produtos de origem animal faz com que sejam principalmente mais caros. Subsídios generosos e a redução da qualidade de produtos de origem animal através da implementação de agricultura intensiva fazem com que estes “pareçam” mais baratos. Consequentemente, é lógico que será possível produzir produtos de origem não-animal a um custo menor do que os produtos com origem em animais mortos. Este é um critério essencial: mais barata do que carne convencional! Nas fases iniciais, produzir carne de cultura será dispendioso. Faria, então, sentido começar com um produto dispendioso de charcutaria como por exemplo o “foie gras”: isto permitiria atingir um preço competitivo. Um “foie gras” in-vitro seria mais saudável e isento da imensa crueldade associada à sua produção.
MARKETING / GRUPOS ALVO / PUBLICIDADE
Objetivo: Future
Food (Comida do Futuro) – deverá apelar à maioria!
Até hoje, os alimentos de origem não animal só foram apresentados a pessoas que olham pela sua saúde ou a vegetarianos. Contudo, é essencial que os futuros produtos, que são superiores aos derivados de produtos animais, abranjam o máximo de público como grupo alvo, e não apenas um pequeno segmento. A publicidade e o Marketing tendo em vista produtos futuros não deverão, sob quaisquer circunstâncias, ser orientados para o mercado vegetariano.
SAÚDE
Objetivo: Future
Food (Comida do Futuro) – será mais saudável do que os produtos de origem animal.
A carne vegetariana, os produtos não-lácteos, os produtos de substituição de ovo, assim como a carne de cultura, precisam de ser mais saudáveis para os humanos do que os produtos de origem animal. As epidemias animais como a BSE e a gripe das aves (avian influenza), assim como a resistência a antibióticos e a salmonela, deixarão de ser problemas. Deverá ser possível, durante a produção, facilitar o controlo da combinação de aminoácidos ou de ácidos gordos ou de, por exemplo, eliminar o colesterol. No que toca à saúde, seria relativamente fácil ultrapassar os produtos de origem animal.
Mais Informações acerca das desvantagens para a saúde derivadas dos produtos de origem animal.
VALIDADE / HIGIENE
Os produtos de origem não animal existentes, como por exemplo o leite de soja, o tofu ou as salsichas vegetarianas, têm sempre um maior tempo de validade do que os produtos de origem animal equivalentes. Assim, existe muita poupança na produção, transporte e venda ao tornar desnecessária, em muitos casos, a cadeia de frio. Regra geral, os produtos de origem animal estragados constituem de longe um maior risco para a saúde do que produtos de origem não animal estragados. Estas são vantagens de peso tanto para a indústria alimentar como para o utilizador final, que serão um dia melhor reconhecidas e compreendidas.
Study
on Consumer Acceptance (Dutch PROFETAS-project). Note: On this
site, NPF (Novel Protein Food) is used for vegetarian meat.
Soyfoods -
Sales and Trends (SANA, USA).
Merchandising
Soyfoods (SANA, USA).
Vegetarian
Consumer Trends Reports (Cultivate Research).
Upward
Trend In Meat Substitute Sales (by Lily Naylor, 2012).
